Tenho diagnóstico de endometriose e, para quem conhece, sabe que engravidar não é tão fácil quanto parece. Mas, no dia 13 de março de 2023, descobri que estava grávida. Foi uma festa sem fim. Porém, no dia 03 de abril, após um sangramento, descobri que tive um aborto retido. Foi o pior dia da minha vida. Jamais imaginei que poderia passar por isso. Após esse dia, os meses seguintes foram difíceis, pois o sonho meu e do meu esposo de sermos pais só aumentava. Fizemos vários exames para tentar entender o que poderia ter causado o aborto e descobrimos uma condição chamada trombofilia, que pode gerar riscos tanto para mim quanto para o bebê. Fiquei muito revoltada, e esses pensamentos tomavam conta de mim: Será que vou conseguir engravidar de novo? E se eu engravidar, será que dará tempo de começar o tratamento para a trombofilia ou vou perder o bebê novamente? Entrei em um momento depressivo que me fez engordar quase 10 kg. Não queria ver ninguém, sair de casa e me afundei no trabalho para tentar esquecer tudo. Olhava para as mães com inveja e sentia raiva daquelas que reclamavam dos filhos. Foi tudo muito intenso. A sensação que eu tinha era que Deus havia esquecido de mim, dos anos em que eu o servi. Meu marido, então, começou a insistir para irmos, todas as quartas-feiras, à missa de cura e libertação da paróquia. Por incrível que pareça, quando fomos, descobrimos que o padre estava fazendo a novena de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, de quem sou muito devota. Em todas as missas pedíamos a Deus saúde e fertilidade, mas sempre com receio de pedir para que eu engravidasse. O motivo? Não sabemos, só vinha essa sensação de que estávamos pedindo demais. Até que um dia começamos a prestar atenção na letra de uma música que tocava em todas as missas. Ela dizia: “Há uma promessa que quer se cumprir em meio a nós. É o próprio Senhor quem diz: pedi e recebereis.” Nesse momento, falei para Deus: “Deus, eu quero engravidar. Se Tu mesmo disseste que há uma promessa que quer se cumprir e que é só pedir para receber, então ok: quero engravidar.” Mas os meses se passavam e nada acontecia. Então veio o III Cerco de Jericó. Eu e meu marido firmes no propósito, pedíamos para Deus falar conosco através dos padres, mas nada acontecia. Minha família inteira estava no mesmo propósito. No último dia do cerco, 18 de novembro, um dia antes da data prevista para o nascimento do bebê que está junto de Deus, na quebra das muralhas, durante a última volta da arca e a última oração do Padre Eduardo, ele começou com um louvor. Fiquei um pouco frustrada, confesso, pois queria que Deus falasse comigo, nem que seja: esquece isso filha, você não vai engravidar. Mas, no meio do louvor, o padre disse: “Nós vamos orar também por todas as mães que desejam a gestação.” Naquela hora, meu coração parecia que ia saltar pela boca. Minha família inteira veio ao meu encontro e colocou as mãos sobre o meu ventre. Senti Deus agir muito naquele momento, e a certeza de que eu engravidaria preencheu meu coração. Decidi, naquele momento, que não iria mais me lamentar, nem cobrar nada de Deus. Resolvi levantar a cabeça e seguir em frente. Decidi sair do fundo do poço para que Deus pudesse agir e realizar Suas promessas, pois eu havia tomado posse da graça. Em junho de 2024, minha prima me convidou para fazermos a novena de Santa Gianna Beretta Molla. Fizemos a novena religiosamente todos os dias. E, para a glória de Deus, no 8º dia da novena, descobri que estava grávida. Hoje, estou com 27 semanas de gestação, e meu propósito, do meu esposo e acredito que de toda família no IV Cerco de Jericó é apenas agradecer pela vida da nossa filha Bianca que está chegando. Nosso milagre. Estou ansiosa pelo V Cerco de Jericó para que ela possa vir pessoalmente e mostrar que, quando confiamos em Deus, Ele tudo faz. Obrigada, Jesus. De Janine de Oliveira Borges Velho, Samuel Velho Destro e Bianca Borges Velho.